Type Here to Get Search Results !
             

ILHÉUS: 67,8% SÃO CONTRA A VENDA DO PARQUE DE EXPOSIÇÕES, REVELA GASPARETTO PESQUISA

Parque de Exposições teve venda autorizada pela Câmara; no detalhe, os números da pesquisa || Foto Clodoaldo Ribeiro

Levantamento feito pela Gasparetto Pesquisa e Estatísticas revela que mais de dois em cada três ilheenses são contra a venda do Parque de Exposições. A pesquisa ouviu 1.211 pessoas no município sul-baiano, no período de 23 a 26 de novembro. Destas, 67,8% se posicionaram contrárias à venda do Parque situado numa das margens da Rodovia Ilhéus-Olivença (BA-001), na zona sul.

Apenas 18,08% se mostraram favoráveis à negociação do Parque. Conforme o Instituto comandado pelo professor Agenor Gasparetto, 11,64% não conhecem a proposta. Já outros 2,48% não souberam ou não responderam à questão. O PIMENTA teve acesso à pesquisa completa, que também avalia gestões municipal, estadual e federal e aferiu intenções de voto para prefeito e vereador.Sob desconfiança, Marão justifica interesse na venda do Parque de Exposições || Foto PIMENTA

CÂMARA AUTORIZA

A venda do Parque de Exposições de Ilhéus foi autorizada pela Câmara de Vereadores e a Lei 4.243/2023 foi sancionada pelo prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), em 30 de outubro passado. Segundo o prefeito, a área do Parque, de 31.762,51 metros quadrados, é subutilizada (reveja aqui). A venda, argumenta, possibilitaria ao município atender demandas da população “ignoradas por muito tempo”.

– A venda do parque permitirá não apenas deixar de sobrecarregar o município com um espaço subutilizado, mas também direcionar esses recursos para as ações planejadas e em andamento – explica.
No mercado, não há avaliação de profissionais especializados. Na região do imóvel do município, o metro quadrado chega a valer R$ 2 mil.

VENDA É JUDICIALIZADA

Pelo menos duas ações foram movidas, nos últimos dias, contra o leilão do Parque de Exposições de Ilhéus. Numa delas, são partes o Instituto Nossa Ilhéus, o Grupo Amigos da Praia, o Instituto de Estudos Sócio Ambientais do Sul da Bahia (Iesb) e o Instituto Floresta Viva. Figuram como réus a Câmara de Vereadores, o Município e o prefeito Mário Alexandre.

O Coletivo Preserva Ilhéus ressalta que a área de interesse de venda por parte do prefeito Marão foi desapropriada na década de 90, pelo então prefeito João Lyrio, para atender o agronegócio. Com o passar do tempo, tornou-se, também, local para eventos festivos e espaço para ações como aulas de equoterapia.

O Preserva Ilhéus aponta falhas na Lei aprovada pela Câmara e sancionada pelo prefeito. Além de não justificar a venda, a Lei não traz avaliação do imóvel de mais de 30 mil metros quadrados nem aponta quais as despesas do município com a manutenção do parque nem mostra o interesse público em sua venda.

PÚBLICO X PRIVADO

Para o Coletivo, Marão está confundindo o interesse público com o privado. Há discussão no município sobre a urgência no negócio. A área é de grande interesse do mercado. Nos últimos dez anos, a zona sul vive forte expansão imobiliária, principalmente depois da mudança em lei que permitiu a construção de prédios de mais de 20 andares na orla ilheense, já formando zonas de sombreamento em praias como a dos Milionários.

Postar um comentário

0 Comentários

Below Post Ad