Com cenários inversos em Ilhéus e Itabuna, PSD aguarda ajustes com partidos aliados para manter prefeituras


 O sul baiano tem recebido um foco "extra" das principais lideranças do PSD, buscando pacificar as disputas pelas principais prefeituras da região. Entre elas, duas têm dado mais trabalho para o presidente do partido na Bahia, senador Otto Alencar. Ao Bahia Notícias, Otto ressaltou que segue em compasso de espera para a tomada de decisões. 

 Em Itabuna, Otto indicou que acredita na reeleição do atual prefeito Augusto Castro (PSD). Segundo o presidente, a disputa será entre um "candidato do governo, Augusto, com um candidato de oposição, que é o [deputado estadual] Pancadinha". "Outros candidatos surgirão. Eleição é como uma partida de futebol, um ganha outro perde. Vamos ganhar lá, Augusto faz uma gestão muito boa, o último levantamento interno que fizemos aqui ele tem um desempenho muito bom, tem obras. Ótimo e bom dele está bem acima do regular, vai ter o que mostrar", completou. 


Na cidade, a base governista ainda possui arestas para aparar. Entre elas, o PT, que ainda tem debatido a possibilidade de lançar o ex-deputado federal e ex-gestor municipal Geraldo Simões, filiado ao partido. A legenda ainda irá discutir com a federação formada com o PCdoB e PV, no próximo final de semana, para analisar se o grupo apoiará Castro. 


 Outra cidade da região que ainda possui entraves é Ilhéus. Porém, desta vez, o PSD possui um "cenário inverso". Com o mandato do prefeito Mário Alexandre, o Marão (PSD), acabando, a escolha do sucessor ainda depende do atual gestor. Apesar disso, Otto indicou que Marão deveria "reunir a base" de apoio. 


“O prefeito Mário ainda não decidiu. Na minha opinião ele deveria se reunir com o PT e os partidos da base, para buscar uma candidatura que fosse de consenso, não precisa ser do PSD, pode ser do PT e PSB. Ele deveria. Ele recebeu apoio de todos esses partidos da base, quando você recebe apoio de vários partidos, na hora de escolher candidato tem que ouvir esses partidos", comentou ao BN.


Para Otto, o "condutor da sucessão" deve ter uma "posição de desprendimento". "Se a base estiver unida, teremos vitória. Mário é o condutor, pode perfeitamente reunir todos os partidos, buscando um nome para liderar a base. Se ele escolher um nome que não seja da aliança, certamente vai disputar. Não vamos negar, ele indica o direito de indicar pelo PSD também. Defendo a unidade, mas se ele não fizer, cada um que sabe e como comanda sua sucessão", disse. 


O nome do PT apresentado para a cidade foi o da secretária de Educação do estado, Adélia Pinheiro. Mesmo com a apresentação, Marão ainda não definiu se Pinheiro será o nome "apadrinhado" pela gestão, ou se outro nome da base será indicado.

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