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O que muda com a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro?


 O ministro Alexandre de Moraes, do STF, decretou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro por descumprimento de medidas cautelares impostas anteriormente, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de uso de redes sociais. A decisão desta segunda-feira (4) levanta a seguinte questão:  o que muda com a prisão domiciliar de Bolsonaro?

Bolsonaro é réu em processo por associação criminosa e tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente eleito em 2023. A denúncia da PGR apresenta até cinco crimes graves e prevê pena superior a 40 anos de prisão.


Condições impostas na prisão domiciliar


A nova decisão traz regras mais rigorosas, incluindo:



  • Monitoramento domiciliar 24 horas via tornozeleira eletrônica.


  • Proibição total de uso de aparelhos celulares no local.


  • Restrição de visitas, permitindo apenas familiares próximos e advogados.


  • Manutenção da proibição de uso de redes sociais, inclusive por terceiros que o representem.


  • Proibição de sair do endereço residencial, com controle rigoroso, e restrição de contatos com diplomatas e investigados, inclusive o filho Eduardo, que está nos EUA.


  • Essas medidas substituem as anteriores, consideradas insuficientes, já que Bolsonaro postou vídeos e participou de manifestações virtuais que, segundo o magistrado, violaram as condições prévias.



O que muda na prática?


Antes:



  • Bolsonaro já estava sob tornozeleira eletrônica, cumprindo recolhimento noturno e fim de semana.


  • Tinha proibição de usar redes sociais, de se aproximar de embaixadas e entrar em contato com diplomatas ou réus no processo.



Agora com a prisão domiciliar:



  • Limitação muito maior: vigilância contínua dentro de casa, sem saídas nem visitas (exceto autorizações especiais).


  • Apreensão total de celulares, bloqueio de qualquer rede social, inclusive vinculada a terceiros.


  • É uma medida personalizada e mais severa que reflete a avaliação do ministro de que Bolsonaro continuava tentando contornar restrições com articulação por vídeo e redes sociais dos filhos



Por que foi escolhida prisão domiciliar?


A legislação brasileira prevê esse tipo de prisão para réus com mais de 70 anos ou portadores de doenças graves, visando cuidados médicos que o sistema prisional não garante adequadamente.


Bolsonaro tem 70 anos e histórico de saúde frágil — incluindo esofagite grave e uso anterior de bolsa de colostomia —, fatores que justificariam a aplicação dessa medida humanitária, mesmo que condenação venha em regime fechado.


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