Quando se fala em acidente vascular cerebral (AVC), os fatores de risco mais lembrados costumam ser pressão alta, colesterol elevado, diabetes e tabagismo. | Foto: Ilustrativa/Pexels
Quando se fala em acidente vascular cerebral (AVC), os fatores de risco mais lembrados costumam ser pressão alta, colesterol elevado, diabetes e tabagismo. No entanto, médicos chamam atenção para outro elemento, silencioso e muitas vezes subestimado: o estresse crônico. As informações são do neurologista Diego Bandeira e do SBT News.
O ritmo acelerado da vida moderna, marcado por pressões no trabalho, contas acumuladas e falta de tempo, contribui para um quadro de desgaste físico e emocional contínuo. Segundo especialistas, esse estado de alerta permanente que leva ao esgotamento mental pode afetar diretamente a saúde do coração e do cérebro
Como o estresse afeta o organismo
Durante períodos prolongados de estresse, o corpo libera hormônios como cortisol e adrenalina. Essas substâncias elevam a pressão arterial, aceleram o ritmo cardíaco e favorecem processos inflamatórios. O resultado é o enfraquecimento dos vasos sanguíneos e maior propensão à formação de coágulos — fatores que aumentam a vulnerabilidade a um derrame.
Além disso, o estresse está associado a comportamentos que agravam o risco cardiovascular, como má qualidade do sono, alimentação inadequada, sedentarismo, uso excessivo de álcool e tabaco e a negligência com consultas médicas.
Evidências científicas
Estudos internacionais apontam que pessoas expostas a altos níveis de estresse diário podem ter um aumento de 30% a 40% no risco de sofrer um AVC. Em grupos mais vulneráveis — como mulheres sob forte pressão social e econômica —, a probabilidade é ainda maior.
Pesquisas também indicam que traços emocionais como ansiedade constante, pessimismo e hostilidade elevam a propensão a doenças cardiovasculares. Já indivíduos com maior equilíbrio emocional apresentam menor risco.
Prevenção e cuidados
Profissionais de saúde reforçam que cuidar da mente é parte essencial da prevenção de doenças graves. Estratégias simples podem reduzir o impacto do estresse:
Praticar atividade física regularmente;
Priorizar o sono de qualidade;
Buscar apoio psicológico quando necessário;
Reservar pausas durante o dia;
Desenvolver hábitos de autocuidado, como meditação e lazer;
Aprender a estabelecer limites e dizer “não” quando preciso.
O recado dos especialistas
Segundo médicos, é fundamental compreender que saúde mental e saúde física estão intimamente ligadas. O estresse pode ser inevitável em alguns momentos, mas não deve ser naturalizado.
Cuidar da mente, afirmam, é também proteger o corpo e reduzir o risco de condições graves como o AVC e o infarto.
Profissionais de saúde reforçam que cuidar da mente é parte essencial da prevenção de doenças graves.


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